
Eu deito na minha cama
Eu espero um cafuné
Recebo Dalai Lama
Mas, também quero um café
Pode ser um Cappucino
Ou um latte macchiato
Eu preciso de um livro
Pra sair desse quadrado
A rua está tão deserta
A chuva chia sem parar
Seis mil raios por minuto
Os lobos estão a dançar
O vento bate em minha porta
Mas, só o meu corpo está aqui
Meu espírito foi embora
Da realidade eu fugi
Eu não sou café-com-leite...
Sou apenas um leitor anônimo
Livro pra mim não é enfeite
É passagem pra outro canto
É como olhar para o horizonte
E se vê flutuando lá
É apreciar um mastodonte
Sem sentir o tempo passar
Logo eu, que sou puro Coffea Arabica!
Que ouvi uma instrução cantábrica
Que abracei uma alma nostálgica
E quebrei a ideia jurássica
Do que é um mulher!
Olá! Olé!
Pois não?! Pois Zé!
Ela é balé!
E eu na beira da cama listrada..
Sou canção de serenata!
Sou o canto do bico-de- lacre!
Sou um só, sou bem-me- quer!
Ah! Sou pássaro na gaiola!
E se ela abrir nem vou embora
Porque tudo que me resta agora...
É um café, minha cama e a tempestade lá fora
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Gutemberg Correia
Formado em Teologia, letrista, poeta, escritor, cinéfilo, musicalmente chato, chocólatra assumido e viciado em livros e séries.
Autor de dois livros ("Mensagens de Deus Via Celular"-Agosto de 2015 & "1 Mês de Poemas"-Abril de 2017), pela Editora Multifoco.
Uma frase o define:
Pernambucano bem-humorado que faz da vida uma arte.